Rebelião em presídio termina com três mortos e dois feridos no MA
Terminou no início da tarde a rebelião no Complexo Penitenciário de Pedrinhas, em São Luís, no Maranhão. Os dois agentes penitenciários mantidos como reféns foram soltos. Um deles foi ferido na barriga e não corre risco de morte.
Três presos morreram e outro ficou ferido. Segundo a Secretaria da Segurança Pública do Maranhão, dois presos deverão ser transferidos, um para Brasília e outro para o Ceará.
Segundo o subgerente dos estabelecimentos penais do Estado, Valber Muniz, a rebelião, que começou por volta das 15h de ontem, teria ocorrido porque os presos ficaram revoltados quando a PM pediu para que alguns detentos ficassem nus durante uma revista no último sábado.
As primeiras informações passadas pela PM eram de que o motim teria começado por causa da transferência de um estuprador.
Após o banho de sol, os detentos do anexo onde ficam presos de alta periculosidade dominaram os agentes. “Na confusão, eles aproveitaram a oportunidade para matar outros detentos”, disse o subgerente.
Segundo Muniz, os detentos reclamaram de maus-tratos, pediram a saída de alguns agentes penitenciários, revisão de penas e transferências.
Muniz afirmou que o anexo abriga cerca de 400 presos e não está superlotado.
Fonte: Folha Online
03/09/2001 – 12h02
Comissão negocia com presos rebelados no Maranhão
da Folha Online
Uma comissão formada por um capitão da PM, um juiz e um promotor negocia o fim da rebelião no Complexo Penitenciário de Pedrinhas, em São Luís (MA). Três detentos morreram e dois agentes penitenciários são mantidos como reféns. Um dos agentes está ferido na barriga.
Segundo a PM, os rebelados exigem transferências, revisão de penas e melhorias nas instalações do presídio e na alimentação.
De acordo com o capitão Nidson Lenine Rabelo Pontes, chefe de operações de áreas da PM de São Luís, o motim teria começado na tarde de ontem após um estuprador ter sido colocado em uma cela do anexo do presídio, onde ficam os presos de maior periculosidade.
Os presos que já estavam no anexo teriam começado a rebelião, dominaram os agentes e mataram outros três detentos. Segundo o capitão, um grupo formado por cerca de 10 presos jurados de morte pelos próprios detentos teria tentado fugir, mas foi impedido pela polícia.
Ainda de acordo com o capitão, o anexo abriga cerca de 400 presos. Os corpos dos mortos foram levados para o IML (Instituto Médico Legal).
8/07/2003 – 09:58
Presos se rebelam em Pedrinhas, no Maranhão
SÃO LUÍS – A polícia ainda não conseguiu controlar a rebelião dos presos do Complexo Penitenciário de Pedrinhas (15 Km de São Luís). Desde às 10h30 desta segunda-feira, dois funcionários da penitenciária, Aldir Silva Costa e Álvaro Fonseca, são mantidos reféns. De acordo com a gerência de Segurança Pública, há pelo menos cinco presos com ferimentos leves. Alguns foram levados para o Socorrão II e os demais estão sendo atendidos na penitenciária.
Ainda não há informação oficial sobre as causas da rebelião localizada no pavilhão B do Complexo de Pedrinhas, onde estão 600 presos. O presidente da comissão de direitos humanos da OAB-MA, Pedro Jarbas da Silva, que está acompanhando as negociações, disse que os detentos denunciam suposta agressão depoliciais no último final de semana, por ocasião da visita aos presidiários. “Vamos apurar essas denúncias”, declarou.
Fonte: Agência Estado
Rebelião de presos provoca pânico e tensão em Pedrinhas
Data de Publicação: 12 de dezembro de 2005
Duas agentes penitenciárias e 20 familiares de presos são tomados como reféns durante o motim
Buda cortou o braço dirreito
durante a tentativa de fugaUm plano de fuga frustrado provocou ontem à tarde uma rebelião de presos na CCPJ de Pedrinhas. Três detentos, fardados com camisas e jaquetas do próprio presídio, serraram as grades das celas e tentaram fugir pela porta da frente, usando pistolas artesanais feitas com barras de sabão. Como não conseguiram sair pelo portão, os três presos tomaram como reféns duas agentes penitenciárias – Deucilene Rodrigues dos Santos e Luciana Martins Neves –, iniciando um motim nos quatro pavilhões da CCPJ. A rebelião provocou pânico e tensão em todo o Complexo Penitenciário de Pedrinhas, e logo mobilizou um forte aparato da Polícia Civil e da Polícia Militar.
De acordo com informações de funcionários da CCPJ, os três detentos que tentaram executar o plano de fuga ontem à tarde foram identificados como Luís Alves Brito, o “Irmão”; Wadison de Jesus Santos, o “Buda” e Manoel de Jesus Costa Luso, o “Dijé”. Eles renderam as duas agentes penitenciárias e passaram a usá-las como escudo, fazendo ameaças e mostrando-se enfurecidos pelo fato de terem encontrado o portão do presídio fechado. Cerca de 20 familiares de presos também ficaram sem poder sair do local, que logo foi isolado por um contingente da Polícia Militar.
Wadison de Jesus Santos, o Buda, conhecido assaltante e homicida do bairro da Liberdade, feriu-se gravemente, no momento em que quebrou a vidraça de um portão da sala de espera da CCPJ. Ele acabou sendo dominado pelos policiais e foi recolhido a uma cela separada. Os funcionários informaram que o presídio da CCPJ, com capacidade para 160 detentos, abriga atualmente 276 presos de justiça. Cerca de 36 presos, que não quiseram participar do motim, foram logo transferidos para celas do Presídio São Luís, um anexo que fica logo ao lado da Penitenciária de Pedrinhas.
Os presos rebelados passaram a exigir a presença de representantes do Ministério Público e do Judiciário e a cobertura no local de órgãos da imprensa. Os primeiros contatos com os rebelados foram mantidos pelo delegado Sebastião Uchoa e pelo Coronel Vaz, da Polícia Militar. Por volta das 20h29, o secretário de Justiça e Cidadania, Sálvio Dino, chegou à CCPJ, acompanhado do juiz Fernando Mendonça, do promotor de justiça Danilo Castro e de um representante da Comissão de Direitos Humanos da OAB-MA. O comandante do Policiamento Metropolitano, o coronel Francisco Melo, também se incorporou à comitiva, que passou a negociar com os presos.
Mesmo não estando armados com armas de fogo – a polícia só encontrou pistolas artesanais feitas de sabão -, os rebelados passaram a fazer exigências desencontradas. “O problema é que eles não estão tendo um líder, para falar por eles como um porta-voz e cada preso fala e exige a seu modo, com isso gerando muita confusão”, declarou um agente penitenciário, que acompanhou o processo de negociação. Os detentos reivindicavam a transferência dos presos de outros estados, a celeridade nos processos, a liberdade para os presos que já cumpriram pena e que não houvesse retaliação contra os rebelados. Os presos exigiam ainda que o acordo para pôr fim à rebelião fosse realizado com a presença da imprensa. Os quatro pavilhões da CCPJ, cada um com 10 celas, tiveram suas grades destruídas, provocando reforço no motim.
Jornal Pequeno
Data de Publicação: 13 de agosto de 2006
Detentos se rebelam na CCPJ e fazem familiares de refém
Na tarde de ontem, durante o horário de visita na Central de Custódia de Presos de Justiça, em Pedrinhas, mais de 100 homens ali custodiados resolveram se rebelar. O objetivo, de acordo com os presos identificados como “Irmão”, Gonçalves e “Buda”, que assumiram o comando das negociações, era chamar a atenção das autoridades para o problema da superlotação, revisão processual, além de exigir a transferência de alguns detentos para os estados de origem.Logo no início, um clima tenso tomou conta do local ao ponto do preso conhecido como “Gordo”, ter sido ferido pelos outros detentos. Foi necessário retiralo das dependências da CCPJ para receber atendimento médico. Na ocasião, as autoridades aproveitaram o momento e conseguiram que os presos permitissem a transferência de quase 30 detentos, considerados de bom comportamento. A rebelião, de acordo com informações da Polícia Militar, estourou por volta 16h. No local, além do próprio secretário de Justiça e Cidadania, Sálvio Dino estavam o major Vaz, especialista em gerenciamento de crise, o presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB, Pedro Jarbas, o promotor e o juiz da Vara das Execuções, drº Danilo e Fernando Mendonça, respectivamente. Alguns familiares dos próprios presos, entre eles crianças, e duas agentes, identificadas como Luciane e Roberta foram feitas de reféns. O estranho é que mesmo sem estar portando nenhuma arma de fogo, as autoridades não acharam conveniente adotar medidas para que a rebelião fosse sufocada. Uma situação não confirmada pela direção do Sistema Penitenciário no Estado é se a rebelião tem haver com um plano de fuga abortado no mês passado, onde alguns assaltantes de banco seriam resgatados com a ajuda de outros presos. Naquela ocasião, a situação foi descoberta através de uma revista em uma das celas do chamado “fundão”. No plano dos detentos, que consistia na fuga dos acusados pela porta da frente, com resgate em seguida por alguns comparsas, os agentes penitenciários descobriram ainda que, caso a ação não fosse concretizada com êxito, os detentos iriam destruir toda a estrutura física do prédio. Até o fechamento da nossa edição, mais de 100 homens permaneciam rebelados. “Pipica” Após denúncia anônima, sob o comando do tenente Rangel, uma equipe da Polícia Militar conseguiu recapturar o perigoso assaltante e homicida “Pipica”, eu havia fugido das dependências do Socorrão II, na Cidade Operária.
Extra semanal o jornal da Grande Ilha
01/11/2006 – 20h46m
REBELIÕES MOSTRAM DEFICIÊNCIAS DE PENITENCIÁRIA NO MARANHÃO
Do G1, com informações da TV Mirante
Presos durante motim em Pedrinhas
Em três dias, o Complexo Penitenciário de Pedrinhas, em São Luís (MA), teve duas tentativas de fuga e uma rebelião. Problemas que são apenas a ponta aparente de todas as deficiências do Sistema Prisional do Estado. A situação da Penitenciária de Pedrinhas não é diferente da maioria dos presídios brasileiros quando se trata de segurança.
Na terça-feira (31) à noite, em uma nova tentativa de fuga, três presos chegaram a sair da cela e só foram recapturados nos portões da penitenciária. E os números de Pedrinhas servem como exemplo para uma análise de como está o sistema prisional do estado.
O presídio tem capacidade para 312 presos, mas atualmente 969 pessoas cumprem pena na unidade. Para este número de detentos, seriam necessários, pelo menos, 96 agentes penitenciários. Atualmente, apenas 11 trabalham no local.
Além da superlotação de presos e da falta de agentes, outros problemas contribuem para que as rebeliões e as tentativas de fuga sejam constantes no Maranhão.
“Não tem ambulância para levar preso quando passa mal, não tem alimentação, e assim vai continuar uma rebelião atrás da outra”, disse César Castro Lopes, presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários.
Para a Secretaria de Justiça e Cidadania do Estado, as recentes medidas tomadas devem corrigir os problemas atuais.
“Pedrinhas tem 40 anos e precisa de uma reforma, nós estamos interiorizando e já estamos reformando pedrinhas”, disse José Magno Soares, Secretário de Justiça e Cidadania.
Fonte: Jornal Veja Agora
Notícia Postada em 31/10/2006 por: Baladas Net
Rebelião na Penitenciária de Pedrinhas
Fuga frustrada
Trinta detentos passaram mais de 24h rebelados
Após uma manhã inteira de negociação, os 30 detentos do Pavilhão I, conhecido como “Fundão”, na Penitenciária de Pedrinhas, decidiram terminar a rebelião que já durava 24h, na qual três funcionários que trabalham na cozinha do Complexo Penitenciário estavam sendo mantidos como reféns. Para negociar com os detentos, além do secretário José Magno Moraes de Sousa, estiveram o delegado Sebastião Uchoa (diretor adjunto da Secretaria de Justiça e Cidadania e administrador da Penitenciária de Pedrinhas), representantes da Sociedade dos Direitos Humanos, Ministério Público e Tribunal de Justiça.
Os detentos apresentaram uma lista com 13 reivindicações, dentre elas, a agilização na revisão processual, melhoria na comida e atendimento médico. Elas foram digitadas e assinadas pelas autoridades. O delegado Sebastião Uchoa garantiu que as reivindicações são viáveis, por isso serão atendidas.
Após a assinatura por ambas as partes, os presos decidiram que somente encerrariam o movimento após um culto evangélico comandado pelos “irmãos” Isaías e Carlos Augusto, os quais seriam os responsáveis por trancar as celas e recolher as armas.
Após orar e glorificar a Deus, os detentos encerraram a rebelião. Todos foram para o pátio, que fica ao lado do pavilhão, e lá entregaram os reféns para Sebastião Uchoa. Eles foram levados para conversar com a psicóloga da Secretaria de Justiça, Silma Veloso. Parecendo tranqüilos, os funcionários da cozinha revelaram que os detentos não os agrediram e os mantiveram alimentados.
Rebelião
A rebelião teve início na tarde deste domingo, depois que agentes penitenciários e policiais militares conseguiram frustrar uma fuga em massa. Os presos tinham a intenção de sair pelo portão da frente. Vários tiros foram deflagrados para evitar a fuga e, diante da frustração, eles foram em direção à cozinha, onde se armaram com facas e chuços.
Na cozinha, tentaram dominar cinco funcionários, entre eles, o diretor da cozinha, que juntamente com um outro funcionário terminou sendo liberado. Apenas três funcionários da empresa F. Oliveira, Jefferson Barroso Teixeira, 18, Leandro de Jesus Barbosa e José Carlos da Silva, ambos 23, foram dominados.
Os presos ainda tentaram render a enfermeira Maria da Paz, mas dois agentes reagiram e tomaram a enfermeira dos presos que, no confronto, acabou sendo ferida na cabeça. Nas dependências do “Fundão”, um duelo entre grupos rivais acabou com a morte de Antônio José Lopes, conhecido como “Boizinho”, que foi bastante espancado a pontapés e pedradas na cabeça. Ele foi socorrido e encaminhado para o Socorrão II, na Cidade Operária, onde já deu entrada sem vida. Ainda no confronto, Joacy Pereira da Silva e o índio Adauto Viana Guajajara, este último acusado de ter participado do assalto ao ônibus da Banda Companhia do Calypso, também saíram ferido
31/10/2006 04:17
Chega ao fim a rebelião em Pedrinhas em SLZ
Lista de reivindicações foi assinadas e foi resolvido. VEJA a lista
Estiveram no presídio o Secretário de Justiça e Cidadania, José Magno Moraes de Sousa, o delegado Sebastião Uchôa (Diretor Adjunto da Secretaria de Justiça e Cidadania e Administrador da Penitenciária de Pedrinhas), além de representantes da Sociedade dos Direitos Humanos, Ministério Público e do Tribunal de Justiça
Durante a reunião uma lista de reivindicações foi apresentada, entre as quais, a agilização na revisão de processos, melhoria na comida, e atendimento médico. Elas foram digitadas e assinadas pelas autoridades competentes.
O delegado Sebastião Uchoa prometeu que as reivindicações serão atendidas, pois elas são viáveis.
As três pessoas que estavam como reféns dos amotinados foram liberadas. Os detentos que participaram da rebelião passaram por uma revista feitas pelos agentes penitenciários.
Rebelião
Na rebelião, que teve início na tarde deste domingo, presos do Pavilhão da Vida, conhecido como “Fundão”, invadiram a cozinha do presídio, onde pegaram armas brancas e três funcionários de uma empresa que fornece alimentação para o presídio como reféns. O objetivo era fugir, mas, não conseguindo, elaboraram uma lista de reivindicações.
Tudo começou quando os amotinados tentaram dominar os agentes que estavam na permanência, não tendo sido possível em face da ação imediata dos agentes de plantão que fizeram a contenção. Os rebelados então fizeram nova investida pela parte posterior do pavilhão e seguiram até à área da cozinha.
No trajeto, tentaram fazer refém a enfermeira Maria da Paz, mas os agentes Benício e Carlos Alberto reagiram e conseguiram, tomar a enfermeira, que durante a luta sofreu ferimento em uma das mãos, sendo levada para ser medicada no Hospital Clementino Moura (Socorrão 2). Seu estado não inspira maiores cuidados.
Saíram feridos também, os detentos Joacy Pereira da Silva e Antonio José Lopes, conhecido como “Boizinho”, que fora agredido pelos amotinados e veio a falecer. O índio Adauto Viana Guajajara, que tentou tomar a arma de um dos 16 agentes que estavam no plantão foi baleado na mão direita.
Fonte: Imirante.com e Rádio Mirante AM